Seguem abertas as inscrições para a quarta edição do Prêmio Não Aceito Corrupção, que busca sensibilizar, mobilizar e divulgar conceitos e soluções práticas para enfrentar um dos maiores problemas que afetam a democracia e a economia brasileira. O prêmio é uma iniciativa do Instituto Não Aceito Corrupção (INAC), associação civil, sem fins lucrativos e apartidária. A prorrogação atende a pedidos de interessados que pretendem se inscrever, mas que ainda estão finalizando os trabalhos.
Neste quarto ano consecutivo, o prêmio ampliou o número de categorias. Serão seis no total: Academia; Tecnologia e Inovação; Governança Corporativa; Experiência Profissional; Jornalismo Investigativo e Comunicação Local.
“Temos até o momento, 164 inscrições. Um recorde considerando todas as edições. No 3º prêmio tivemos 135 inscrições. Estamos muito satisfeitos de poder contar com a colaboração dos diversos segmentos da sociedade interessados em contribuir para a luta anticorrupção no país. E o prêmio certamente tem o papel de dar luz a essas iniciativas e suas aplicações na prática”, destaca Roberto Livianu, presidente do Inac.
Destas seis categorias, será escolhido o vencedor entre os vencedores para o Grande Prêmio 2023. E mais duas menções honrosas: no esporte e entre estudantes de universidades de países cuja língua primária é o português.
“Queremos premiar, reconhecer e dar visibilidade para o trabalho de estudantes, acadêmicos e pesquisadores, jornalistas, empresas e empreendedores, e profissionais do Direito e da Tecnologia que apresentarem teses, protótipos, reportagens, experiências e soluções práticas para a questão da corrupção no Brasil”, afirma o presidente do INAC e idealizador do prêmio, Roberto Livianu, procurador de Justiça criminal do Ministério Público do Estado de São Paulo.
Entre 2012 e 2022, o Brasil perdeu 5 pontos no Índice de Percepção da Corrupção, desenvolvido pela Transparência Internacional, e caiu nada menos que 25 posições. Saiu da 69ª para a 94ª colocação. Um desempenho ruim que coloca o Brasil abaixo da média global, abaixo da média regional para a América Latina e Caribe, abaixo da média dos países dos BRICS e ainda mais distante da média dos países da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico) e do chamado G20, o grupo formado por 19 nações que têm as maiores economias do planeta e mais a União Europeia.
“Apesar desse retrato”, ressalta Roberto Livianu, “muita gente no Brasil trabalha para enfrentar e combater essa prática que tanto mal causa ao país, à democracia, à segurança, à justiça social e à economia”. Para ele, o Prêmio Não Aceito Corrupção “é uma forma de reconhecer esse esforço e sensibilizar e mobilizar todo o país a embarcar nessa causa”.
Nomes como Caio Túlio Costa; Eugênio Bucci, colunista do Estadão e professo da ECA/USP; Katia Brembatti, presidente da ABRAJI; Maria Tereza Sadek e Merval Pereira, entre outros, compõem o Comitê Estratégico da premiação.
O concurso foi divulgado no âmbito internacional, inclusive na Universidade de Coimbra (uma das cinco mais antigas do mundo) por seu departamento de relações internacionais assim como pelo International Journalists Network (IJNet). A ideia é abranger os países lusófonos – de língua portuguesa, ampliando o alcance e a força do prêmio.
Site para maiores informações, regulamento completo e formulário de inscrição:
https://premionaoaceitocorrupcao.com.br
Sobre o INAC:
O Instituto Não Aceito Corrupção (INAC) é uma associação civil, nacional e apartidária, sem fins econômicos, fundada em 2015. Com atuação em quatro frentes: pesquisa, políticas públicas, educação e mobilização da sociedade utiliza dados concretos para realizar discussão profunda, crítica e qualificada de leis e projetos de lei, de modo a contribuir para a edificação e aprimoramento de regras eficientes no enfrentamento do mau uso dos recursos públicos.