A população brasileira está cada vez mais adepta ao uso de smartphones. O motivo desse aumento pode estar relacionado ao desejo por otimizar processos e tarefas do dia a dia. Atualmente, o número de celulares conectados ultrapassa o número de habitantes no Brasil, sendo 242 milhões de aparelhos, de acordo com dados da FGV.
Um outro ponto de observação, que pode estar atrelado a otimização das tarefas, é que, de acordo com o estudo realizado pela Ilumeo, a maioria dos brasileiros já fez uso de algum assistente virtual. Os dados mostraram que o crescimento do uso de assistentes virtuais por voz em smartphones passou de 87% para 91% em dois anos.
A pesquisa também aponta que 67% dos entrevistados já recorreram ao assistente virtual para diversos assuntos, como clima, por exemplo. É possível notar, dessa maneira, que também já existem no mercado diversos aplicativos e chatbots com recursos de inteligência artificial que exercem o papel de um assistente virtual e que podem auxiliar nos mais diversos processos cotidianos como: saúde, agenda, estudos, trabalho, exercícios físicos, dentre outros.
A popularização de dispositivos de assistência por voz, como Alexa, Siri e Google, também é um ponto trazido na pesquisa. Para Matheus Lúcio, especialista em desenvolvimento de software, a evolução da inteligência artificial permitiu a criação de assistentes virtuais cada vez mais sofisticados como os citados anteriormente.
O especialista comenta que o uso dos assistentes virtuais pode trazer diversas vantagens. “As consequências mais tangíveis da utilização da inteligência artificial em assistentes virtuais incluem a melhoria da eficiência e da produtividade, bem como uma maior comodidade para os usuários. Por exemplo, é possível realizar tarefas como enviar mensagens de texto, agendar compromissos e fazer compras sem ter que digitar ou tocar em um teclado ou tela.”
Matheus Lúcio ainda acrescenta que o uso desses recursos tem mudado a forma como as pessoas interagem com seus dispositivos eletrônicos, tornando a interação mais intuitiva e natural. “Os usuários podem falar com seus dispositivos como se estivessem conversando com outra pessoa ao invés de digitar comandos em um teclado ou tocar em uma tela. Isso pode tornar o uso de dispositivos eletrônicos mais acessível para pessoas que têm dificuldade em digitar, por exemplo.”
Outro exemplo recente que tem mudado o mercado e interações com usuários é o Chat GPT. Lançado no final do ano de 2022, o chatbot tem sido alvo de discussões recentes em diversos países sobre questões relacionadas à privacidade e controle de informações. Atualmente são cerca de 100 milhões de usuários ativos mensalmente, de acordo com dados UBS e noticiado pela InfoMoney.
Inovação no mercado
O crescimento do uso da inteligência artificial e dos assistentes virtuais não impacta apenas o usuário final, mas também as empresas. Afinal, assim como diversas tendências, é necessário que as empresas acompanhem estas evoluções para estarem mais próximas ao seu público e melhorarem processos.
Atualmente, o Brasil ocupa o ranking de país mais avançado no uso de inteligência artificial em toda a América Latina, de acordo com uma pesquisa da SAS. Cerca de 63% das empresas brasileiras que têm soluções de dados e analytics, utilizam inteligência artificial. Destas empresas apontadas no estudo, 90% investem nesses dados com o objetivo principal de identificar tendências e padrões de consumo.
Um outro levantamento realizado pela IBM, apontou que 41% das empresas no Brasil já utilizam IA em operações comerciais e que 34% das empresas já estão explorando o uso. Os mesmos dados reforçam que o principal desafio trazido pelas empresas na América Latina é garantir a segurança da informação, independentemente do tamanho da organização.
Matheus Lúcio também concorda com o ponto trazido na pesquisa: “É importante considerar as questões éticas e de privacidade relacionadas à utilização de dispositivos baseados em inteligência artificial. A coleta e o uso de dados pessoais dos usuários precisam ser uma preocupação, assim como a possibilidade de que os assistentes virtuais sejam hackeados ou usados para espionar as pessoas”, comenta o especialista.
Para Matheus, é imprescindível que as organizações responsáveis pela criação dos assistentes virtuais e demais recursos que utilizam inteligência artificial estejam cientes dessas questões e trabalhem para garantir a privacidade e a segurança dos usuários.
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