A busca por resultados cada positivos é uma das principais metas de qualquer empresa, independente de seu porte ou setor. Para tanto, são empreendidas diversas estratégias que buscam capacitar e motivar os colaboradores, o que traz à tona elementos como o inventário DISC (Dominância, Influência, Estabilidade e Conformidade).
Utilizado na gestão e desenvolvimento de pessoas, o DISC é um inventário comportamental que identifica os traços predominantes de cada indivíduo. A explicação é de Claudio Zanutim, escritor, comunicador, palestrante, trainer internacional, professor e fundador da IC-Educ Educação Corporativa.
“A ideia do inventário DISC é que os líderes tenham entendimento dos pontos fortes e fracos dos colaboradores para auxiliar no desenvolvimento profissional”, diz ele. “O DISC é uma das ferramentas que podem ser utilizadas nas empresas e equipes para conseguir dar mais clareza aos perfis de cada pessoa e como incentivar, gerenciar e lidar com cada um. Ele é crucial tanto no quesito pessoal, quanto profissional”, afirma.
Zanutim explica que o DISC é uma ferramenta de autoconhecimento baseada em personalidade, desenvolvida por William Moulton Marston (1893 – 1947), psicólogo, teórico, inventor e escritor estadunidense. A técnica permite identificar as características comportamentais e emocionais de uma pessoa.
“Com a ferramenta [DISC], fica mais simples compreender as próprias personalidades e dos outros, com o objetivo de melhorar as relações interpessoais e alcançar objetivos de forma mais eficaz”, afirma. “Quanto mais a pessoa se conhece, mais ela se potencializa e potencializa as outras pessoas”, define.
O escritor conta que a personalidade é composta pelo conjunto de características de uma pessoa que demonstra padrões consistentes de sentimentos, pensamentos e comportamentos. “O comportamento é uma parte de um todo, sendo uma exteriorização da personalidade”.
Ele explica que o que faz as pessoas se comportarem de alguma maneira em determinadas situações são os eventos internos e externos do comportamento, que podem ser chamados de forças propulsoras do comportamento humano.
DISC pode impulsionar as tomadas de decisões
Para Zanutim, a importância da utilização do DISC reside no fato de que muitas vezes não se tem consciência dos próprios comportamentos, emoções e motivações, o que pode levar a conflitos interpessoais e dificuldades nas relações profissionais e pessoais.
“Ao compreender as nossas características comportamentais, podemos desenvolver estratégias para melhorar as nossas habilidades de comunicação, relacionamento e liderança. Além disso, o DISC também pode ajudar a identificar as forças e fraquezas de uma pessoa, o que pode ser útil para o desenvolvimento pessoal e profissional”, afirma.
O comunicador destaca que, ao utilizar o DISC, é possível aprender sobre quatro dimensões da personalidade: dominância, influência, estabilidade e conformidade. Cada dimensão é associada a comportamentos e emoções distintas, e as pessoas tendem a ter uma combinação única dessas dimensões. “Ao compreender sua combinação única, é possível desenvolver autoconsciência e aprender a lidar com comportamentos e emoções de forma mais eficaz”.
Segundo Zanutim, outro aspecto da utilização do DISC é que ele pode ser aplicado em uma ampla gama de situações, inclusive para selecionar colaboradores, desenvolver equipes e gerenciar conflitos. Além disso, os líderes podem usar o DISC para compreender melhor sua equipe e ajudar a melhorar a comunicação e colaboração.
“É importante destacar que o DISC traz respostas ligadas às diferentes forças responsáveis pelo seu comportamento. Não se trata de uma avaliação de personalidade, mas sim de uma parte dela, já que comportamento é uma exteriorização da personalidade”, ressalta.
Como avaliar as características de cada perfil?
Segundo o palestrante, não existe “o pior ou melhor perfil”, “o certo ou errado”, ou mesmo “o bom ou ruim”: cada pessoa tem o seu próprio DISC, só que com variações e intensidades diferentes e que são válidas em um perfil natural, social e adaptado.
“Um ‘alto D’, ‘o dominante’, tem características muito específicas ligadas a foco em tarefas, orientado a resultados e objetivos diretos e assertivos”, descreve Zanutim. “Já um ‘alto I’, ou seja, um influente, tem o foco em pessoas, é orientado à comunicação, alegre, sorridente e otimista”, complementa.
De acordo com o trainer internacional, o chamado “alto S”, ou “o estável”, tem o foco em harmonização, é orientado a rotinas, amável, paciente e persistente. Um “alto C”, “o cauteloso”, por sua vez, diz respeito a indivíduos com foco em fatos concretos, orientados a regras. Profissionais com este perfil são precisos, lógicos e cuidadosos.
“Não devemos rotular as pessoas pelos resultados de seus DISCs. O fato é que a busca pelo autoconhecimento maximiza a performance individual e, consequentemente, no coletivo”, diz Zanutim.
Na visão do professor e fundador da IC-Educ Educação Corporativa, “quem investe tempo e dinheiro na busca pelo autoconhecimento entende que está em um processo de melhoria e desenvolvimento contínuo, e que poderá se tornar uma pessoa melhor ao gerenciar os seus pontos fracos e potencializar os seus pontos fortes”.
Para mais informações, basta acessar: https://www.claudiozanutim.com.br/