Falar sobre saúde e segurança no ambiente de trabalho é de extrema importância nos dias de hoje, tendo em vista que os colaboradores, em algum momento, estão sujeitos a riscos, sejam eles físicos, psicológicos, ergonômicos, químicos, entre outros. De acordo com a Agência Brasil, o país registrou, em 2022, 612.900 notificações de acidentes de trabalho. O número de óbitos provocados por esses acidentes chegou a 2.500.
Os números mostram que a cada dia que se passa torna-se mais crucial investir na segurança do trabalho, que se apresenta como um conjunto de normas, atividades, medidas e ações de prevenção que garantem a saúde e a segurança no ambiente corporativo.
O mês do Abril Verde, que inclui, no dia 28, o Dia Mundial da Saúde e Segurança no Trabalho, traz uma questão importante que vale a reflexão das empresas. Será que elas sabem como usar dados preditivos como fonte de estratégias de prevenção a acidentes laborais?
28 de abril: Dia Mundial da Saúde e Segurança do Trabalho
O Dia Mundial da Segurança e Saúde no Trabalho foi criado em 2003 pela Organização Internacional do Trabalho, em memória às inúmeras vítimas de acidentes e doenças ocupacionais que ocorrem em todo o mundo.
“A ideia da data é conscientizar as empresas e toda a sociedade sobre a importância de assegurar um ambiente de trabalho seguro e saudável, de forma a reduzir o número de acidentes e doenças ocupacionais por meio da promoção de medidas preventivas”, destaca a diretora de Produto e Operações da MAPA, Nayara Teixeira.
O que leva um colaborador à exposição ao risco?
“Além de questões do próprio indivíduo, como possível desatenção, incapacidade técnica, certa negligência por motivos distintos e, inclusive, abalo emocional, existem questões relacionadas ao ambiente de trabalho. Estrutura, ausência de equipamentos de proteção , falta de fiscalização quanto à exposição ao risco, má gestão e condições de trabalho inadequadas se encaixam na lista. Todos estes podem ser fatores igualmente causadores de acidentes de trabalho”, endossa Nayara Teixeira.
Quando se fala em exposição ao risco, é possível citar que existem acidentes típicos e atípicos, sendo que estes últimos são aqueles “acidentes” que não necessariamente são fruto das atividades exercidas dentro da empresa, mas que, ao mesmo tempo, têm a ver com as condições e o ambiente de trabalho. Por exemplo, as doenças ocupacionais.
É importante entender que existem alguns fatores que podem aumentar a propensão a acidentes de trabalho ou doenças ocupacionais. “Quando a empresa possui instrumentos para identificar traços de personalidade, avaliar e entender o perfil dos candidatos, ela pode tomar decisões mais assertivas no momento da contratação e, assim, ter mais uma ação importante no contexto da prevenção de acidentes”, aponta a diretora da MAPA.
Na verdade, são vários os pontos que podem levar um profissional a um acidente. Vale acrescentar à lista condições insalubres, ausência de treinamento, maquinário de baixa qualidade, falta de cumprimento dos protocolos, falta de supervisão, entre outros. Os colaboradores podem entender melhor também sobre atos inseguros x condições inseguras.
Como os dados preditivos ajudam as empresas na segurança do trabalho?
De acordo com Nayara da MAPA, os dados preditivos são um dos recursos mais importantes para ajudar as empresas, já que podem ser usados para identificar tendências e padrões e riscos que podem estar relacionados a acidentes.
Por exemplo, uma das principais maneiras de usar os dados preditivos é identificar e monitorar áreas de risco. Além disso, os dados preditivos também podem identificar e monitorar fatores de risco psicossociais, como fadiga, distração ou estresse.
Com os dados em mãos, as empresas podem desenvolver e implementar programas de prevenção de acidentes mais eficazes.
Por que usar testes de personalidade na prevenção de acidentes?
Os testes de personalidade possuem indicadores que são capazes de dizer quais comportamentos de determinada pessoa são vistos como precipitados ou imprudentes, por exemplo. Da mesma forma, a análise de competências também analisa os aspectos emocionais.
Com o teste de personalidade, a empresa passa a entender:
- Quanto um comportamento pode ser visto como negligente?
- A pessoa possui traços de ansiedade, depressão ou tendência ao consumo de álcool?
- Quanto um profissional é vulnerável?
- Em que medida ele tem gosto por aventuras e situações arriscadas?
- Quanto ele gosta de velocidade?
“Podemos dizer que o teste de personalidade pontua as características que funcionam como medidas de proteção, que também podem impactar quando o assunto é promoção de um ambiente saudável”, frisa a diretora da MAPA.
De acordo com a diretora, “ele permite entender o vigor, a saúde emocional e as habilidades de cada um e trabalha para entregar um diagnóstico organizacional.”