Nas últimas décadas, o mercado jornalístico vem tendo crescimento constante e cada vez mais diversificado. O campo clássico de atuação, como TV, rádio e jornais, ainda permanece, mas outros surgiram no decorrer dos últimos anos com a produção de notícias para equipamentos móveis, como os smartphones.
De acordo com o portal Guia da Carreira, a alta concorrência do setor exige que os profissionais da área se destaquem para não demonstrar somente talento ou preparo, mas também uma boa visão de mercado, a fim de conseguir prever e antecipar as tendências.
A transformação digital ampliou as possibilidades além dos canais tradicionais, permitindo que os jornalistas também trabalhem em redes sociais, publicidades, agências de conteúdo e em outros meios que demandem diferentes habilidades comunicativas, conforme explica o portal GZH.
Em razão disso, já existem cursos de jornalismo híbrido que estão em alinhamento com as novas exigências do mercado e preparam o profissional para os avanços que a tecnologia vem possibilitando, incluindo o preparo para publicar release.
A partir da pandemia de Covid-19, essa necessidade de expansão profissional se tornou ainda mais acentuada, pois evidenciou as ferramentas digitais de comunicação. Nesse sentido, a coordenadora do curso de Jornalismo híbrido da Ulbra menciona: “A necessidade de trabalhar de forma remota durante a pandemia acelerou a transformação de plataformas que permitem ao jornalista produzir, editar e veicular conteúdo, bem como fazer transmissões ao vivo”.
O consumo do jornalismo digital está em alta no Brasil
Com a pandemia, o consumo digital do jornalismo cresceu, tendo cerca de 65% de aumento no consumo pelos leitores, conforme pesquisa da Provokers mencionada no portal Consumidor Moderno.
O estudo teve acesso a 8.570 pessoas de diferentes países da América Latina, com idade entre 18 e 65 anos. Entre essas pessoas, 92% são leitores que buscam as notícias nos formatos digitais com uma frequência de 2 vezes ao dia, ao menos.
Em relação ao Brasil, quase 60% do consumo de notícias é feito por meio das plataformas digitais, representando o aumento que esse tipo de veículo tem tido como fonte primária de informação.
Além disso, o mesmo estudo revela que o Brasil fica atrás somente dos Estados Unidos da América em relação ao número de leitores pagantes de assinaturas de canais digitais de notícias. O Brasil conta com aproximadamente 16% de consumidores dispostos a pagar pelo acesso às mídias digitais, enquanto nos EUA esse número chega a 20%. Em outros países o número é menor, sendo de 10% na Alemanha e 8% no Reino Unido.
Entre os fatores que são elencados pelos próprios consumidores para justificar essa preferência, estão a credibilidade e o nível de qualidade dos conteúdos que são veiculados pelas fontes digitais. Também conta como fator determinante, conforme trazido pela pesquisa, a independência que esses meios de comunicação digitais têm em relação a interesses da área da política e até mesmo outros interesses que podem ser velados.