Projeto Amor Cantado, música para pacientes de hospitais. Foto: Divulgação.

Hutrin e HRL ressaltam a importância da musicoterapia no tratamento de pacientes internados

A música faz parte da vida das pessoas. Ela pode estar ligada à infância, à adolescência, ao primeiro amor ou até mesmo à uma grande tristeza. As canções compõem a memória afetiva e trazem inúmeros benefícios para a saúde.

Nesse período de pandemia, ela tem sido uma grande companheira para inúmeras pessoas ao redor do mundo, pois gera momentos de alívio e descontração. Pensando nisso, o Instituto de Medicina, Estudos e Desenvolvimento – IMED, Organização Social que administra hospitais no interior de Goiás, desenvolveu um projeto de musicoterapia para auxiliar o tratamento de pacientes internados.

O projeto Amor Cantado – Acolhimento Musical acontece simultaneamente no Hospital Regional de Luziânia (HRL) e no Hospital de Urgências de Trindade (Hutrin) todas as quartas-feiras às 15h. Além de proporcionar um momento de conforto e descontração, a iniciativa que está em sua 8ª edição busca desenvolver potencialidades, restaurar emoções e acionar boas lembranças.

Para os pacientes que estão nas unidades, o projeto possibilita bem mais que um instante de relaxante. O projeto de humanização estabelece uma nova relação entre usuário, profissionais da saúde e comunidade.

“Queria estar com minha família escutando essas músicas, mas com a live dá para matar um pouquinho da saudade. Muito bonito a homenagem que o hospital faz para gente, me emocionei muito”, conta Maria Freitas, paciente do HRL.

“A canção toca a alma, alcança memórias afetivas e emocionais. Ela ajuda os pacientes a lidarem de forma mais leve o período de internação e vulnerabilidade”, ressalta o diretor do Hutrin, Getro Pádua.

Em pouco mais de um mês, as lives do Amor Cantado já somam mais de 1.300 visualizações no Youtube. São mais de 240 horas de transmissão e centenas de dos dois hospitais beneficiados pelo poder da música.

Solidariedade

Quem comanda as “lives” do Amor Cantado é Hercílio Ramos Júnior. Ele é engenheiro formado pelo Mackenzie que há 15 anos dedica parte de seu tempo realizando ações e projetos sociais. Desde o início da pandemia ele coordena o projeto Canta para mim, destinado, principalmente, às casas de repouso. Através de suas redes sociais, ele se disponibiliza a cantar as músicas escolhidas pela audiência para que as pessoas se sintam acolhidas durante o período de isolamento social. “A música traz vitalidade, conforto e bem-estar. É muitíssimo importante sairmos da rotina. O equilíbrio é fundamental. A descontração é um alívio para o corpo e para a mente e um fator importante para a recuperação de energia”, explica Ramos.

Ele também ressalta a importância do projeto para todos os colaboradores das unidades de saúde. “Não podemos esquecer que por trás dessas pessoas, sejam elas médicos, enfermeiros, gestores ou auxiliares, existem seres humanos que estão se dedicando integralmente ao próximo. Lembrar delas é uma atitude inestimável”, conta.

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