A Natura anunciou a conclusão do projeto que instalou 1.800 m² de painéis de energia solar de última geração em um dos prédios da sede da empresa em Cajamar, região metropolitana de São Paulo. A tecnologia de filmes fotovoltaicos orgânicos (ou OPV, sigla em inglês para Organic Photovoltaic), da empresa mineira Sunew, foi escolhida por sua eficiência superior e o menor impacto no meio ambiente, além de design inovador das películas, que possuem 15 milímetros de espessura e são produzidas a partir de materiais orgânicos, não-tóxicos e recicláveis. A instalação, que utiliza o total de 1.580 painéis é a maior do mundo do tipo até o momento.
Produção de energia limpa
“Além de buscar eficiência energética, a Natura está produzindo energia limpa. A tecnologia do OPV é a de menor impacto possível, dialoga com nossos valores e reflete nosso compromisso com a sustentabilidade, principalmente no combate às mudanças climáticas”, afirma Josie Peressinoto Romero, vice-presidente de Operações e Logística da Natura.
A estimativa é que a energia gerada pelos painéis no prédio chamado NAN (Núcleo de Aprendizagem Natura) contribua para evitar a emissão anual de 37 toneladas de CO2e — o equivalente ao consumo de 459 residências no Brasil em um mês. O uso de energia solar contribui para o pilar de redução do Programa Carbono Neutro da Natura. Lançado há mais de uma década, ele tem o objetivo de reduzir e neutralizar as emissões de gases do efeito estufa (GEE) decorrentes de suas atividades e em toda a sua cadeia de valor.
A Sunew afirma que, em um ano, o projeto chegará a 73.4 MWh de energia gerada — o que corresponde a uma produção energética até 40% superior ao esperado em instalações de mesma potência composta por painéis solares tradicionais. Essa energia é o suficiente para abastecer o dobro de toda a iluminação do prédio e das 160 posições de trabalho.
O CEO da Sunew, Tiago Alves, explica que a eficiência do OPV cresce com o aumento da temperatura externa, o que o torna ideal para áreas expostas à forte radiação solar, independente do posicionamento em direção ao sol, como a cobertura do prédio NAN. De acordo com a empresa, o material pode ser aplicado em qualquer superfície, de fachadas de vidro a veículos e mobiliários urbanos. “O filme fotovoltaico orgânico é a tecnologia de células solares de terceira geração, desenvolvido por meio de uma cadeia de produção totalmente sustentável, com baixa demanda energética. Trata-se da alternativa mais sustentável existente no momento, com a menor emissão de carbono entre as formas de geração de energia solar”, completa o executivo.
Programa Carbono Neutro
Lançado em 2007, o Programa Carbono Neutro da Natura foi o primeiro compromisso público da empresa para neutralizar suas emissões, além de mitigar seus impactos para as mudanças climáticas. Para as emissões que ainda não consegue evitar, a Natura contrata projetos de compensação que geram benefícios climáticos por meio de plataforma colaborativa com apoio do Instituto Ekos Brasil e em parceria com Itaú Unibanco, B3 e Lojas Renner.
Fonte: Ciclo Vivo