Vídeos do “Diário da obra” mostram detalhes da reforma e ampliação do Museu do Ipiranga, além do trabalho com parte do acervo que não pode sair do prédio histórico; reabertura está programada para setembro de 2022
O Museu do Ipiranga, importante patrimônio cultural brasileiro, está em reforma e segue um projeto com normas atuais de infraestrutura, acessibilidade, sustentabilidade e segurança, com equipamentos especiais para a prevenção de incêndios, incluindo ainda protocolos de saúde para prevenir o contágio de trabalhadores pelo novo coronavírus. Grande parte do acervo de 450 mil itens foi retirada do edifício e transportada para imóveis adaptados para recebê-los mas algumas obras, pelas suas dimensões, não puderam sair do prédio histórico. Um desses casos é pintura de Pedro Américo, o quadro Independência ou Morte, que está sendo restaurada no local enquanto a reforma acontece. A reabertura está programada para setembro de 2022, para a celebração do bicentenário da Independência do Brasil.
Para apresentar os avanços na reforma do edifício-monumento e mostrar os cuidados e detalhes que uma obra desse porte exige, o Museu preparou uma série de vídeos chamados “Diário da Obra”. No primeiro episódio, os trabalhos de proteção do edifício e das obras de arte que continuarão no Museu durante a reforma são os destaques, além do desmonte da escadaria principal e a retirada do asfalto em frente ao edifício, que será substituído por um mosaico português. No segundo episódio, são mostrados os cuidados que estão sendo tomados durante a pandemia e as etapas do restauro da fachada. Clique nos vídeos abaixo para conferir.
Diário da Obra – Episódio 01
Diário da Obra – Episódio 02
Investimento no patrimônio cultural do Museu do Ipiranga
Inaugurado em 7 de setembro de 1895 e integrado à USP em 1963, o Museu do Ipiranga está fechado para visitação do público desde 2013, por conta da necessidade de obras de restauração e modernização. O restauro e a modernização do edifício histórico começaram após as comemorações de 7 de setembro de 2019. Desde a montagem de um canteiro de obras, a proteção dos bens artísticos integrados à construção, o acompanhamento arqueológico, tudo passa por prospecções e testes. Por exemplo, argamassa e tintas precisam ter características especiais, semelhantes às que eram utilizadas no século 19, quando o edifício-monumento foi construído.
A obra é patrocinada via Lei de Incentivo à Cultura e deve custar cerca de R$ 139,5 milhões, custeada pelas empresas: Banco Safra, Bradesco, Caterpillar, Comgás, Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), EDP, EMS, Honda, Itaú, Vale, Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) e Pinheiro Neto Advogados, além da parceria da Fundação Banco do Brasil e da Caixa.
O planejamento das futuras exposições já está em andamento e inclui a abordagem de questões históricas ligadas à formação da nação brasileira, a disputa de territórios, a paisagem urbana e os ambientes doméstico e do trabalho, com itens do próprio acervo e também emprestados de outras coleções.
FONTE: Jornal da USP
A reforma parece ser maravilhosa