Tecnologia Limpa

TECNOLOGIA LIMPA CRESCE PROMETENDO ECONOMIA NA CONTA DE LUZ

O mercado das chamadas cleantechs, startups de tecnologia limpa, está em expansão no país. Preocupação ambiental à parte, o crescimento dessas empresas se baseia numa questão prática: seus produtos e serviços ajudam clientes a economizar dinheiro.

As companhias trabalham em três áreas: energia limpa e renovável; eficiência energética e hídrica e eficiência na gestão de resíduos. O primeiro grupo é o mais expressivo.

O Mapeamento do Centro de Estudos em Sustentabilidade da FGV encontrou no país 136 cleantechs – das 55 que trabalham com energia limpa, 35 têm como foco a solar.

Sustentabilidade e lucro

Em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo, o cofundador da empresa Solar 21, Vinicius Ferraz, 31, estima que 5% das pessoas com quem fala sobre energia solar tem preocupação ambiental, enquanto a questão da economia anual na conta de luz prometida pela empresa, fundada há dois anos, pode chegar a até seis vezes esse percentual (30%).

A startup atua em duas frentes: aluguel e venda, e instalação de placas solares – a segunda gerou 90% do faturamento de 2018, R$ 800 mil.

Um condomínio residencial de Brasília foi o primeiro a receber as placas da Solar 21, no modelo aluguel, em setembro de 2017. No ano passado, segundo o empreendedor, a economia na conta de luz foi de mais de R$ 3.000 – a energia gerada pelo sistema abastece apenas as áreas comuns.

O prédio paga mensalmente uma taxa de R$ 1.000 para a companhia, além de um valor mínimo estabelecido pela concessionária de energia.

Tecnologia Limpa

Energia eólica, solar, biomassa, maremotriz, biocombustível, entre outras, são exemplos pilares dessa ecotecnologia na área de produção energética. A matéria-prima pra esse tipo de produção de energia é inesgotável, mesmo com o uso constante, ao contrário do petróleo e carvão, por exemplo, que são recursos finitos na natureza.

As tecnologias limpas podem ser compreendidas como novos processos industriais ou mesmo processos industriais já existentes, porém alterados, com o objetivo de reduzir os impactos ambientais, o consumo de matérias-primas e o consumo energético utilizado durante o ciclo produtivo.

Quando o negócio estava sendo desenhado, a ideia era focar em pessoas físicas. Mais tarde, os três sócios perceberam que precisavam de consumidores com “constância de uso ao longo do ano”. Assim, chegaram aos condomínios comerciais e residenciais.

Fonte: Folha de S. Paulo, Pensamento Verde.