SÃO PAULO | A região Sudeste do Brasil concentra 58% das sedes dos negócios de impacto social e ambiental. O Sul reúne 14%, seguido pelo Nordeste com 12%; Norte com 5%; e Centro-Oeste com 4%. Entre os Estados, destaque para São Paulo (39%) e Rio de Janeiro (10%). Esses são alguns dos dados da quarta edição do Mapa de Negócios de Impacto Socioambiental – conduzido pela Pipe.Social e pelo Quintessa –, que traz análises de 1.011 negócios de impacto. O levantamento, que acontece a cada dois anos desde 2017, foi realizado com o suporte de 66 organizações espalhadas pelo país. A íntegra do mapeamento pode ser acessada no site https://mapa2023.pipelabo.com/
O levantamento mostra, ainda, que 59% dos negócios da base de 1.011 estão nas capitais e 35% no interior. A análise mostra que por mais que os negócios tenham sedes concentradas no Sudeste – região com maior acesso a benefícios como networking, eventos, mentorias, acelerações/incubações e até investimentos –, o impacto gerado por essas soluções tem escala nacional e grande potencial para atuar em vários desafios brasileiros, onde quer que estes estejam, como também apontam os dados de operação no país, ou seja, apesar de manterem um CNPJ no Sudeste, cerca de um terço dos negócios tem alcance nacional: 59% operam no Sudeste; 37%, Nordeste; 37%, Sul; 30%, Centro-Oeste; e 28%, Norte.
Os negócios que resolvem problemas sociais e ambientais – foco das análises do Mapa de Negócios de Impacto Socioambiental, a maior pesquisa da temática no país – compõem um modelo em franca expansão no Brasil: o empreendedorismo de impacto. Com a proposta de contribuir para a transformação positiva da sociedade, essas empresas atuam com produtos e serviços que endereçam respostas – tecnológicas, inovadoras e com base em ciência – para desafios contemporâneos nas áreas de inclusão produtiva, saúde, habitação, educação e serviços financeiros, entre outras. Com um ecossistema mais maduro, os negócios de impacto sobreviveram à pandemia de covid-19 e seguem ampliando os faturamentos, influenciando a criação de mecanismos financeiros de captação de recursos e alimentando novos setores como das Economias Verde e Prateada, além de mercados emergentes como o de Carbono.
Segundo Mariana Fonseca, cofundadora da Pipe.Social e uma das coordenadoras do mapeamento, um dos achados da análise da distribuição dos negócios pelo país é o Estado do Pará, que, proporcionalmente ao volume populacional, é um Estado que compete com outros do Sul e Sudeste, especialmente se destacando como um hub de bioeconomia.
A edição 2023 conta com o patrocínio da Coalizão pelo Impacto, do Cubo Itaú ESG, Fundo Vale, Instituto Helda Gerdau e Instituto Sabin. A iniciativa do Mapa de Negócios de Impacto Socioambiental é resultado da união da Pipe.Social e do Quintessa – protagonistas no ecossistema de impacto nacional –, que formam a Base de Impacto: responsável por aumentar a oferta de benefícios aos empreendedores, ampliando a conexão com os mercados.
CONCEITO-CHAVE
Os negócios de impacto são empreendimentos que têm a intenção clara de endereçar um problema socioambiental por meio de sua atividade principal, ou seja, produto/serviço e/ou sua forma de operação. Esses negócios atuam de acordo com a lógica de mercado, com um modelo de negócio que busca retornos financeiros, e se comprometem a medir o impacto que geram.