Indispensável em qualquer lista de cuidados básicos de beleza e bem-estar, o uso do shampoo como principal forma de lavar os cabelos é uma prática tão comum a toda rotina de higiene que as opções disponíveis no mercado são incontáveis. A cada temporada, a indústria de artigos de cosmética e beleza desenvolve e disponibiliza novas soluções nesse âmbito, com inúmeras alternativas para os mais variados tipos de fios, resultados e necessidades. Nos últimos anos, o setor viu uma tendência crescer na contramão dos produtos cada vez mais industrializados: a dos shampoos sólidos.
Slow Beauty
Pautado em experiências de autocuidado menos agressivas com o corpo e o meio ambiente, os shampoos sólidos seguem a premissa do movimento global “slow beauty”, que propõe práticas de consumo mais conscientes e ecológicas com itens de beleza. A nomenclatura já explica que o formato é a principal distinção do produto para as alternativas mais comuns de shampoos. “Embora não seja uma novidade, já que há registros de comercialização deste modelo desde a década de 1970, os shampoos sólidos têm se popularizado muito entre os usuários adeptos de um estilo de vida mais natural e sustentável”, comenta Thiago Pissaia, fundador e idealizador da NESH, marca de cosméticos veganos e naturalmente artesanais.
Meio ambiente
A forma dos shampoos sólidos lembra uma barra de sabonete, porém, é elaborado com componentes destinados especificamente aos cabelos. Um dos seus principais atrativos é a significativa redução de elementos nocivos e ingredientes sintéticos em sua composição, comparada as opções líquidas, isso faz com que os xampus sólidos sejam menos agressivos aos fios e couro cabeludo e, também, ao meio ambiente, já que os resíduos que são despejados na natureza não são prejudiciais, sua espuma é derivada da saponificação natural, e também seus ingredientes de limpeza e proteção aos fios é de forma natural. “Além disso, são produtos práticos, duráveis e ricos em ativos naturais que garantem higienização e tratamento livre dos danos provocados por substâncias químicas”, detalha Pissaia.
A NESH, que conta com loja física na cidade de Curitiba, oferece opções de shampoos e condicionadores sólidos ‘’sem embalagem’’ ou com embalagem sustentável. Eles são embalados com papel celofane e papel reciclável para todo tipo de cabelo. Além disso, a loja oferece uma linha completa de cosméticos de ativos naturais. Sabonetes vegetais com argila, sabonetes variados de frutas e sais de banho efervescentes são alguns dos exemplos. Para Thiago Pissaia, dar visibilidade a essa tendência é fundamental para a construção de uma nova forma de consumir. “Mais do que um novo formato, a difusão do uso de shampoos sólidos e demais produtos veganos e naturalmente artesanais no dia a dia representa uma quebra no padrão da indústria que torna consciente, a busca pela beleza natural e o bem-estar do corpo e do planeta”, comenta.
Destaque no mercado
Um dos destaques da marca é o Shampoo Sólido Detox, desenvolvido com carvão ativado. Além disso, ele possui lama vulcânica e castanha, além de óleos essenciais de menta, laranja doce e May Chang que proporciona uma limpeza profunda. Além das outras três opções de xampus da marca para cabelos oleosos, secos, ondulados e quebradiços.
Quanto ao método de utilização do produto, Pissaia dá algumas dicas importantes: “A barra precisa ser friccionada ao couro cabeludo úmido até fazer espuma. Depois é só massagear. Após a utilização, o usuário por utilizar um condicionador natural ou, até mesmo, enxaguar com vinagre para equilibrar o pH dos fios”, detalha. “O uso do shampoo natural requer um período de adaptação, que varia dependendo do cabelo. Nos primeiros dias é normal o cabelo ficar pesado até que o equilíbrio se estabeleça. Após essa adaptação o cabelo fica mais equilibrado ao seu natural e não precisa de lavagem todos os dias”, complementa.
Outro ponto que torna os shampoos sólidos ainda mais sustentáveis é o fato de usarem pouca ou quase nenhuma embalagem plástica. “As pessoas estão cada vez mais preocupadas com o impacto ambiental de suas escolhas de consumo. Elas estão focadas em aderir a hábitos de menor impacto ambiental no cotidiano. Não há dúvidas de que rever as formas convencionais de consumo na indústria da beleza é um passo importante para fazer a diferença no futuro”, completa Pissaia.
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