A obesidade pode afetar a saúde física, mental e emocional das pessoas gerando doenças cardiovasculares, depressão e bullying
Junho é o mês de conscientização sobre a Obesidade Infantil, considerado um grave problema de saúde de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS). Pensando em alertar sobre os riscos e cuidados que devem ser tomados com a alimentação das crianças, a nutricionista do Hospital Estadual de Trindade (Hetrin),Thayná Carlos Ferreira Silva, ressalta que a família tem um papel importância nessa luta.
“A família, principalmente os pais, são espelhos para as crianças. Elas são observadoras e aprendem com as repetições do que os adultos fazem, então é importante dar o exemplo. Consuma alimentos saudáveis na frente do seu filho, deixe frutas e bons comestíveis ao alcance da criança, seja na geladeira, armários e despesa. Opte por opções saudáveis e ensine a criança a cozinhar, em contato com os alimentos ela vai se interessar e experimentar”, relata Thayná.
Os cuidados com a vida do bebê começam desde a gestação, os primeiros anos de vida são períodos críticos para desenvolver a obesidade infantil. Por isso é importante o aleitamento materno exclusivo até o sexto mês de vida e uma alimentação equilibrada e saudável durante a introdução alimentar.
A nutricionista também aconselha a limitar o uso de telas durante as refeições. “Evite distrações na hora da refeição, celular, tablet, televisão, a alimentação precisa de atenção plena. Faça do prato uma aquarela, com cores diferentes para chamar a atenção da criança. Uma rotina equilibrada no dia a da com as crianças tendo horário para as refeições, um boa noite de sono e atividades que gastem energia dos pequenos pode contribuir para um bom crescimento”, relata Thayná.
É recomendado um acompanhamento pediátrico para verificar o crescimento e o desenvolvimento da criança e, caso seja recomendado. A obesidade não altera somente o físico, também influencia na saúde mental e emocional, não só das crianças, mas de adolescentes e adultos.
“A obesidade infantil gera consequências a curto e longo prazo como colesterol alto, doenças cardiovasculares precoces, diabete, obesidade mórbida quando adultos, complicações metabólicas. Além disso temos os riscos sociais e emocionais como, depressão, isolamento social, bullying, criança com baixa autoestima e disfunção alimentares como bulimia ou anorexia entre outros” ressalta a nutricionista.
Segundo dados divulgados pela Organização Internacional World Obesity, atualmente cerca de 158 milhões de crianças e adolescentes entre cinco e 19 anos convivem com o excesso de peso, e esse número deve aumentar para 254 milhões em 2030 3m todo o mundo.
Assessoria de Comunicação do Hospital Estadual de Trindade (Hetrin)
Camila Braunas