Marca líder de açúcar orgânico no mundo, a Native reforça seu compromisso com a sustentabilidade ao plantar soja e milho sem defensivos e adubos químicos.
Com sede em Sertãozinho, no interior de São Paulo, a Native reservou, nos últimos dois anos, 30 hectares para as duas culturas, com saldo positivo. O rendimento inicial na soja foi de 3.840 kg por hectare (na média nacional, a Companhia Nacional de Abastecimento estima para esta safra 3.156 kg). No milho, 7.200 kg por hectare (contra 5.405 kg na média do país).
A colheita foi vendida para a alimentação de aves da Korin e da Fazenda da Toca, do empresário Pedro Paulo Diniz, voltadas ao mercado de ovos sem antibióticos e orgânico. De acordo com o fundador da empresa, Leontino Balbo, a proposta não é diversificar a produção de grãos, como uma indústria, mas incentivar a agricultura sustentável.
Sem revelar nomes, Balbo afirma que foi procurado por grandes grupos agropecuários do Centro-Oeste que praticam a agricultura tradicional. Eles estão preocupados com as consequências desse tipo de agricultura no futuro. “Não quero ser produtor de grãos. Quero que os produtores de grãos migrem para uma agricultura sustentável de verdade”, reforça.
Com um faturamento de R$ 298 milhões em 2017, a marca representa um terço da receita total da companhia de açúcar e álcool. A Native tem apresentações específicas para cada perfil de seus 64 países compradores. Para os alemães, por exemplo, dados de recuperação de fauna são preciosos. Japoneses, obcecados por assepsia, preferem informações sobre a fabricação e limpeza de produto.
