A Unesco estima que cerca de 740 milhões de pessoas no mundo são analfabetas e 250 milhões de crianças do ensino fundamental não sabem ler. Há ainda o analfabetismo funcional, caracterizado pela incapacidade de compreender e interpretar textos simples, mesmo sabendo identificar letras e sons. Esse cenário poderia ser diferente se houvesse mais acesso à educação e aos recursos necessários para promover o incentivo à leitura. Isso pode ser comprovado ao observarmos que na África 40% das escolas não possuem um único livro.
David Risher, ex-executivo da Amazon, e Colin McElwee, ex-diretor de uma escola de negócios, se juntaram para tentar mudar essa realidade. A estratégia foi utilizar os e-readers, que possibilitam acessar uma quantidade colossal de conteúdo em um único dispositivo. Com essa ideia, eles criaram a fundação Worldreaders. Inicialmente, ela funcionava apenas como uma biblioteca digital, que disponibilizava e-books para aqueles que não têm condições de pagar por livros. O projeto se ampliou e passou a envolver doações de e-readers para escolas da África e da Índia.
Biblioteca oferece 42 mil livros digitais
Hoje em dia, a plataforma se ampliou e pode ser acessada por meio de um aplicativo compatível para IOS e Android. A biblioteca cresceu e oferece 42.233 livros digitais grátis em 42 línguas. A iniciativa alcança 488.505 leitores mensais, em 45 países. Em cinco anos, 7.628.939 pessoas tiveram acesso aos livros digitais. O objetivo do Worldreaders para os próximos dez anos é subir esse número para um bilhão.
Quanto aos resultados, um monitoramento promovido pelos idealizadores indicou grande avanço na compreensão e fluência em leitura entre os alunos que tiveram acesso aos e-books doados.
É possível fazer diversos tipos de doação no site oficial. Você pode contribuir com um valor de sua escolha ou patrocinar uma escola com kits de 50 e-readers. Caso seja um autor, também pode ajudar disponibilizando o seu livro na plataforma. Há ainda a opção de se juntar à equipe do Worldreaders em uma viagem para a África, com o intuito de visitar as instituições de ensino de lá que recebem a ajuda da fundação.