Os dados que subsidiaram a pesquisa mostram que, apesar de o número de mulheres nos postos de liderança ter aumentado nos últimos anos, elas continuam sub-representadas. Se analisarmos a América Latina como um todo, apenas 36% dos cargos de liderança são ocupados por mulheres.

Estudo “Mulheres nos Negócios” comprova que não há diferenças comportamentais entre a liderança de mulheres e homens da América Latina

A pesquisa foi realizada pela Thomas International, consultoria global de desenvolvimento humano

Com o objetivo de derrubar o mito de que mulheres e homens são diferentes em cargos de liderança, o que muitas vezes é usado como justificativa para a falta de mulheres no alto escalão das empresas, a Thomas International realizou o estudo “Mulheres nos Negócios”. Nesse levantamento, foram pesquisados 276 gestores – mulheres e homens – de companhias da América Latina e a conclusão foi que mulheres e homens têm o mesmo potencial para liderar.

Então, o que impede as mulheres de ascender a cargos de liderança? A maneira como as empresas interpretam seus comportamentos, que é totalmente baseada em vieses inconscientes. Essa é apenas uma das conclusões do estudo, que ainda reforça que, para a promoção da equidade de gênero nas empresas, o caminho mais eficiente é utilizar as ferramentas de análises psicométricas, consideradas imparciais na avaliação da personalidade e dos traços de inteligência emocional de um indivíduo, e as únicas capazes de prever o sucesso dos profissionais dentro das empresas.

Os dados que subsidiaram a pesquisa mostram que, apesar de o número de mulheres nos postos de liderança ter aumentado nos últimos anos, elas continuam sub-representadas. Se analisarmos a América Latina como um todo, apenas 36% dos cargos de liderança são ocupados por mulheres. No Brasil, dados do Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC) mostram que, em 2020, as mulheres representavam apenas 11,5% dos integrantes de conselhos de empresas. Em outros países, esse índice é ainda menor, como no México e no Chile, com apenas 8% e 9%, respectivamente, de mulheres em posições de conselheiras, segundo dados de 2019.

Um dos preconceitos encontrados é o estereótipo de que as mulheres são “melhores” em habilidades emocionais e, por isso, são mais empáticas. O estudo mostrou que lideranças femininas e masculinas possuem exatamente o mesmo nível de empatia, o que pode mudar é a forma como as pessoas descrevem alguns tipos de comportamentos semelhantes entre homens e mulheres. Por exemplo, em alguns casos, homens são avaliados como “apaixonados”, enquanto as mulheres são descritas como “emocionais” – quando, na verdade, mostram a mesma atitude que os homens.

Para chegar a esse resultado, a empresa utilizou duas de suas avaliações psicométricas: HPTI (Indicador de Traços de Alto Potencial) e TEIQue (Questionário de Traços de Inteligência Emocional). Além da personalidade, as avaliações mediram o nível de inteligência emocional e os tipos de comportamentos que geralmente são associados a homens e mulheres no ambiente de trabalho.

“Combinando os resultados das duas avaliações, a conclusão é de que homens e mulheres em posições de liderança possuem as mesmas competências comportamentais, e se começarmos a avaliar os profissionais de forma objetiva, sem os vieses inconscientes, certamente vamos aumentar a equidade de gênero nas empresas”, explica Marcelo Souza, Country Manager da Thomas International.

Entre os traços de personalidade analisados no estudo estão conscienciosidade, resiliência, curiosidade, audácia, tolerância às diferenças e competitividade. Já na avaliação que mede a inteligência emocional considerou-se assertividade, gestão da emoção, adaptabilidade, automotivação, autoestima e empatia, entre outros aspectos.

As organizações que querem ser efetivamente mais inclusivas e abertas à diversidade, tanto em termos de fluxo de talentos quanto na liderança, devem incluir a psicometria em seus processos de avaliação e recrutamento, pois essas ferramentas avaliam exclusivamente os potenciais e habilidades de cada profissional, independentemente de seu gênero. “O uso da psicometria fornece um método objetivo e fundamentado para avaliar um candidato, livre de possíveis estereótipos”, finaliza Marcelo Souza.

 

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