Temas como mudanças climáticas, gases de efeito estufa, sustentabilidade e biodiversidade chegaram definitivamente às empresas de altas finanças globais
Em seu relatório A Força de Trabalho do Futuro, a consultoria londrina PwC projeta quatro mundos para 2030. Um deles é o mundo verde. Lá, “a responsabilidade social e a confiança dominam a pauta corporativa com preocupações sobre mudanças demográficas, o clima e a sustentabilidade, que passam a ser os principais condutores dos negócios”. Nesse mundo, a consciência social é essencial. “Trabalhadores e consumidores demonstram lealdade a organizações que agem corretamente em relação a seus funcionário e ao mundo”, lê-se no documento da PwC.
Pesquisa realizada pela consultoria com 10.029 pessoas na China, Alemanha, Índia, Reino Unido e Estados Unidos indica que para 23% delas “trabalhar com algo que faça a diferença” é o que mais importa na carreira. E, de todas as preocupações, o meio ambiente é, sem dúvida, uma das principais. Ainda segundo a PwC, daqui a dez anos, a estimativa é a de que uma companhia só poderá ser listada em bolsas de valores se apresentar documentos contendo dados sobre suas ações de sustentabilidade.
Não faz muito tempo, quando se falava em investir em ações em defesa do meio ambiente, poucos executivos, sobretudo os diretores financeiros, aceitariam a proposta de bom grado. “Bobagem!”, desdenhariam. Hoje esses projetos são mais do que bem-vindos, são comemoradíssimos. Recentemente a Klabin estreou no índice Dow Jones de Sustentabilidade (DJSI, na sigla em inglês), nas carteiras “world index” e “emerging markets index”. É a primeira indústria brasileira a conquistar esse posto.
Com 4,7 milhões de toneladas de carbono equivalente, a companhia pretende ir além — explorar o mercado de carbono e serviços ambientais. “Como somos a única indústria brasileira a estar na carteira mundial do índice, isso nos posiciona como uma das empresas mais sustentáveis do mundo e eleva a visibilidade internacional da atuação sustentável do setor de florestas cultivadas do Brasil”, afirma Cristiano Teixeira, diretor-geral da Klabin.
Mudança climática, gases de efeito estufa, sustentabilidade, biodiversidade… Esses temas chegaram definitivamente às altas finanças globais. “É preciso entender a biodiversidade como valor e não como risco ou unicamente fonte de extração”, afirma Denise Hills, diretora de sustentabilidade da Natura. Na perspectiva de compensar carbono dentro da cadeia de fornecedores, com benefícios para a Amazônia, a empresa preserva 1,8 milhão de hectares, uma vez e meia a área do município do Rio de Janeiro, e tem meta de chegar a 3 milhões até 2030.
FONTE: Época Negócios
O tema da sustentabilidade não pode sair da mídia. E as empresas têm um papel fundamental no desenvolvimento sustentável.