A cidade de Candiota, na região sudeste do Rio Grande do Sul, é piloto de um projeto inovador e pioneiro: o SSM Candiota Sustentável. A iniciativa, uma parceria entre a Seival Sul Mineração e a Quinta da Estância, envolve a totalidade das escolas do município e estimula que os estudantes promovam transformações nas suas comunidades por meio de informação e engajamento. Para isso, monitores da Quinta da Estância estiveram em sala de aula durante os meses de junho e julho, período em que foram realizadas 100 oficinas vivenciais e 20 saídas de campo.
O projeto
O monitor do projeto e doutor em Biologia Luís Felipe de Aguiar relata que, nas oficinas, foram abordadas, de forma experiencial, as características do lugar onde vivem, suas riquezas e problemáticas, bem como os meios para atuar na solução dessas questões e que podem ser colocados em prática pela própria comunidade. “Esses momentos proporcionam a partilha de dúvidas e explanação de opiniões sem preconceitos”, destaca. Aguiar ressalta o debate em torno dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU. “As discussões sobre os ODS renderam muito, principalmente quando abordadas as desigualdades e desperdícios”.
Problemas ambientais
As saídas de campo contaram com o entusiasmo e a dedicação por parte dos estudantes. A proposta consistia em mapear, em campo, problemas ambientais no entorno das escolas e propor soluções que possam ser desenvolvidas pela própria comunidade. Segundo o monitor, as principais problemáticas identificadas foram de separação e descarte do lixo e a falta de arborização nativa na cidade. Entre os projetos propostos estão a adoção de separação de lixo, a construção de composteiras e hortas escolares, além da criação de trilhas com identificação de animais e plantas nativas.
Para Rafael Goelzer, diretor de relacionamento com mercado da Quinta da Estância, ao atuar nas comunidades com um olhar voltado aos diferentes enfoques da temática e, em especial, aos objetivos traçados na agenda da ONU, uma iniciativa local expande a visão dos estudantes para impactos globais. “É uma oportunidade de trabalhar educação ambiental dentro das escolas de uma forma moderna, prática e protagonista”, ressalta Goelzer.