Nos últimos anos, a distribuição de dividendos globais tem mostrado um crescimento notável.

Em 2024, dividendos podem bater recorde

Empresas listadas em bolsa nunca pagaram tantos dividendos quanto neste ano de 2024. De acordo com o Índice Global de Dividendos da Janus Henderson, a distribuição de proventos bateu recorde no primeiro semestre e deve continuar em alta nesta reta final do ano, chegando à marca histórica de US$ 1,74 trilhão em 2024.

A gestora britânica mede a distribuição global de dividendos há mais de 10 anos e, surpreendentemente, projetou um novo recorde. Isso ocorreu após a distribuição de US$ 339,2 bilhões em proventos no primeiro trimestre e mais US$ 606,1 bilhões no segundo trimestre deste ano. Esses valores históricos superaram as já otimistas projeções da Janus Henderson.

Em um relatório recente, a gestora explicou que as economias mundiais têm lidado bem com desafios, como os juros altos. Além disso, o cenário já começa a melhorar, com a redução da inflação e o crescimento econômico superando as expectativas em diversas regiões do mundo.

De acordo com a Janus Henderson, esse cenário é especialmente benéfico para o setor financeiro. Contudo, as empresas, em geral, têm se mostrado resilientes. Prova disso é que, no segundo trimestre deste ano, apenas 8% das companhias globais reduziram o valor distribuído em forma de proventos a seus acionistas.

Além disso, a gestora destacou que a lista de pagadoras de dividendos agora inclui novos nomes de peso. Afinal, após anos investindo em tecnologia própria, big techs como Meta (M1TA34) e Alphabet (GOGL34) começaram a remunerar seus acionistas.

 

Brasil

No Brasil, a expectativa também é de um ano de dividendos recordes. Afinal, companhias listadas na bolsa brasileira têm apresentado resultados sólidos, liberaram mais proventos do que o esperado no primeiro semestre e tendem a pagar um volume ainda maior na reta final do ano.

A Petrobras (PETR4), por exemplo, voltou à lista das maiores pagadoras de dividendos do mundo no segundo trimestre, despontando na 13ª posição do ranking elaborado pela Janus Henderson. Mas a estatal ainda deve anunciar proventos neste ano, já que segue uma política de pagamentos trimestrais de dividendos.

E a Petrobras não é a única. Dezenas de empresas listadas na bolsa brasileira costumam remunerar seus acionistas no final do ano.

Diante desse cenário, a geração de renda passiva está no radar de muitos investidores. De acordo com uma pesquisa recente da B3, esta é uma motivação comum a todos os perfis de investidores identificados na bolsa brasileira e foi o que levou 15% deles a começar a investir. Especialistas lembram, no entanto, que é preciso ficar atento aos anúncios de dividendos das empresas para que seja possível se ter mais ganhos.