O segundo semestre de 2021 chegou trazendo raios solares potentes e bons ventos ao Nordeste. Os índices são do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS).
Foram quatro recordes de geração eólica média e outros quatro de geração instantânea (pico), além de dois recordes de energia solar fotovoltaica. O mais relevante deles foi registrado em 22 de julho, quando pela primeira vez a força dos ventos foi capaz de abastecer a 102% da Nordeste durante 24 horas. Neste dia, foram produzidos 11.399 MW médios de energia eólica.
As marcas inéditas foram sendo ultrapassadas ao longo de todo o mês. Para começar julho com o pé direito, no dia 2, a eólica gerou de forma instantânea 11.354 MW e a geração média na mesma data foi de 9.707 MW médios. Na semana seguinte, dia 8, o pico da fonte foi de 11.548 MW, número que correspondia a 99,2% da demanda de toda a região Nordeste no minuto do recorde.
Ainda no período conhecido como ‘safra dos ventos’, que se estende até novembro, o dia 12 de julho somou três resultados inéditos, um de geração média chegando a 10.873 MW médios e dois de geração instantânea atingindo 11.715 MW, às 09h28, e 12.717 MW, às 21h38. Este último, na categoria instantânea, produziu energia suficiente para atender a 105,1% da demanda da região. A geração média de eólica foi superada no dia 21 de julho, quando foi identificada a marca de 11.094 MW médios, sendo ultrapassada no dia seguinte, 22 deste mesmo mês, com 11.399 MW médios.
Energia solar
E não foram só os ventos que registraram bons resultados, os raios solares também estão intensos no Nordeste neste inverno. Para encerrar o mês com chave de ouro, na sexta-feira, 30 de julho, o Operador identificou novo recorde de geração solar média, quando acumulados 682 MW médios, correspondendo a 5,8% da demanda da região. Já no dia 19 de julho, às 12h14, a fonte solar instantânea alcançou o pico de 2.211 MW, montante suficiente para atender a 20% da demanda do subsistema naquele exato momento.
De acordo com dados do ONS, a energia eólica hoje representa 10,9% da matriz elétrica brasileira e a expectativa é que chegue ao fim de 2025 atingindo 13,6%. Já a energia solar representa 2% da matriz, com expectativa de atingir 2,9% até o fim do ano.
Confira a tabela abaixo com os recordes de eólica e solar: