O clube A Hebraica, que estava com as portas fechadas desde o mês de março devido à pandemia do novo coronavírus, já tem data para reabertura: 7 de julho. O prefeito de São Paulo, Bruno Covas (PSDB-SP), por meio da portaria nº 683, de 27 de junho de 2020, autorizou o atendimento ao público de Clubes Sociais e Esportivos Municipais. “Nós próximos dias, A Hebraica enviará o protocolo de segurança readaptado diante do permitido, recordando todas as medidas preventivas que estão sendo e deverão ser tomadas”, diz Daniel Leon Bialski, presidente do clube.
A Instituição, seguindo o convencionado com a ACESC (Associação de Clubes Esportivos e Socioculturais), retomará suas atividades de forma gradual. As ações culturais que mobilizaram os sócios remotamente continuam e estarão ainda mais presentes na nova fase para manter a conexão com os que gostaram das atividades online.
Quarentena ativa
O clube não parou na quarentena. Mesmo com as atividades esportivas fechadas, realizou diversas ações. Para auxiliar a população no combate ao novo coronavírus, já em março, por meio de sistema drive-thru, A Hebraica realizou cinco etapas de vacinação contra a gripe. Mais de 2000 doses foram aplicadas gratuitamente.
Em abril, a instituição, em parceria com o Hospital Albert Einstein, coletou sangue dos associados interessados em realizar testes de Covid-19. “As pessoas se sentem mais seguras fora do ambiente de um hospital, por isso resolvemos fazer tudo no sistema drive-thru e deu muito certo”, conta Leon Bialski, que esteve presente nas duas ações.
Lives e Shabatot virtuais
Por meio dos canais digitais nas mídias sociais e plataformas com interatividade aconteceram debates, palestras e entrevistas. Os eventos ocorreram com personalidades do Brasil, Estados Unidos e de Israel. Os temas foram variados: de cabala a esporte, passando por filmes e negócios.
Destaque para a live no Facebook Inclusão como estratégia de negócios com Artur Grynbaum, do grupo O Boticário; os shabatot virtuais por meio do zoom; a conversa com Caio Blinder sobre os reflexos da pandemia nos Estados Unidos e Brasil; os cursos e palestras de cabala, além da conversa com o ator Yaakov Zada Daniel, o Eli da série da Netflix Fauda, que entrou pela madrugada com tradução simultânea pelo Youtube do clube.
“Nós demos um show de conexão. Teve live, receita, palestra, momentos de reflexão e devoção. Tudo junto e misturado com nossos sócios. Foi tão bom que vamos continuar com essa programação. Não vamos só abrir A Hebraica, vamos abrir e manter a conexão aberta em todos os canais”, reforça Daniel Leon Bialski.
1818 é solidariedade
A campanha Drive-Thru Solidário para coletar roupas, acessórios, brinquedos e eletrônicos em bom estado continua. Toda a arrecadação será revertida para a Unibes (União Brasileiro Israelita do Bem Estar Social). A Associação atende crianças, adolescentes, idosos e famílias que vivem em situação de vulnerabilidade social.
Recentemente, o clube lançou a campanha 1818, que pretende arrecadar 18 mil cestas básicas em 18 dias. Em parceria com a Confederação Brasileira Macabi, a Hebraica pretende arrecadar R$ 1,8 milhão, sendo R$ 100 por cesta básica. “Simbolicamente, o número 18 é muito importante para a religião judaica. Ele significa vivo e dentro desse princípio de viver ou de fazer uma coisa importante na nossa vida, a comunidade se uniu para ajudar o próximo”, conta Leon Bialski.
As doações variam de R$ 50 (apoio de uma família por 2 semanas) a R$ 45 mil (compra de 450 cestas básicas). Para fazer sua doação, basta acessar o site: https://benfeitoria.com/campanha1818 até o dia 5 de julho.