Quase a totalidade (99%) das escolas particulares e 93% das escolas públicas possuem acesso à Internet. Entre as estaduais, 97% oferecem e entre as municipais, 93%. Em áreas rurais, o número cai para 85% das instituições de ensino com Internet. Na média, 94% das escolas do País estão conectadas, mas somente 58% contam com infraestrutura como computadores (sejam eles notebooks, desktops ou tablets) e disponibilizam o acesso à Internet para os alunos. Os dados são da pesquisa TIC Educação 2022, conduzida pelo Cetic.br, NIC.br e lançada nesta segunda-feira, 25, CGI.br.
A média de velocidade de Internet é de 51 Mbps ou mais em 52% das instituições estaduais; 46% das particulares; e 29% das municipais.
Proibição e uso do celular
Os estudantes entrevistados elencaram os principais motivos para não usar a Internet na escola. Entre eles está o não uso em atividades educacionais pelos professores (64%), proibição do uso de celulares nas escolas (61%) e proibição do acesso à Internet pelos alunos (46%).
Com relação ao uso das tecnologias digitais em atividades educacionais na escola, 78% dos alunos do Ensino Médio usam o celular ou o computador para fazer pesquisas sobre os temas abordados pelos professores; o percentual cai para 55% quando são estudantes dos anos finais do Ensino Fundamental e 28% entre aqueles do início do Ensino Fundamental (4º e 5º anos).
Vivências na Internet
O estudo TIC na Educação também identificou que 61% dos professores ajudam os alunos no enfrentamento de situações delicadas vividas por eles no mundo virtual. Entre os motivos estão excesso de uso de jogos e tecnologias digitais (46%); bullying na Internet (34%); discriminação (30%); vazamento ou disseminação de imagens sem consentimento (26%); e assédio (20%).
Metodologia da pesquisa
A TIC Educação investiga a disponibilidade de tecnologias da informação e da comunicação nas escolas de Ensino Fundamental e Médio do País. Para a edição de 2022, foram realizadas 10.448 entrevistas presenciais entre outubro de 2022 e maio de 2023 em 1.394 escolas públicas (municipais, estaduais e federais) e particulares. Ao todo, foram ouvidos 959 gestores escolares, 873 coordenadores, 1.424 professores e 7.192 alunos.
Fonte: Mobile Time