Na última semana de dezembro, o Congresso dos Estados Unidos aprovou uma legislação chamada de “Amigos Act”, que altera a elegibilidade do visto de negócios E2 e designa Portugal como um país tratado. Com a aprovação, cidadãos portugueses e brasileiros com cidadania portuguesa terão a oportunidade de investir em um negócio nos Estados Unidos e viver no país através do visto E2.
O E2 é um visto de investidor não-imigrante renovável. Para ser elegível, o estrangeiro deve ser nacional de países com os quais os Estados Unidos mantêm tratados de comércio e navegação, além de ser necessário investir uma quantidade substancial de capital em negócio nos EUA e possuir pelo menos 50% desse negócio.
Segundo a advogada de imigração Renata Castro, não há valor mínimo de investimento na economia americana. No entanto, investimentos na faixa de 100 mil dólares ou mais costumam ter maior probabilidade de aprovação.
Co-autora do livro “99 perguntas para fazer antes de começar um negócio nos EUA”, Castro diz que essa é uma iniciativa que abrirá portas para pequenos, médios e grandes empresários que desejam morar legalmente nos Estados Unidos com suas famílias.
Estrangeiros com o visto E2 podem morar no país enquanto estiverem em atividade comercial. Os cônjuges dos portadores também se tornam elegíveis para trabalhar nos EUA e os filhos conseguem permanecer como dependentes até os 21 anos – independente de terem ou não a cidadania exigida para o portador.
Renata, que também é fundadora do Castro Legal Group, afirmou que a procura por esse tipo de visto irá aumentar consideravelmente: “Estima-se que vários brasileiros com dupla cidadania e já de posse do passaporte português iniciem o processo de imigração para os EUA assim que o presidente Biden assinar o projeto de lei”.
O projeto segue para votação final no Senado e, posteriormente, assinatura do presidente Joe Biden.