Investimentos: quais as diferenças entre a Europa e os EUA?

Investimentos: quais as diferenças entre a Europa e os EUA?

Os brasileiros bateram o recorde de investimentos no exterior em 2021. O patrimônio investido cresceu 28,7% em novembro do último ano, em comparação ao mesmo período de 2020, segundo dados de um levantamento realizado pela Anbima (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais). O aporte em outros países atingiu o volume recorde de R$ 827,19 bilhões. 

Paralelamente, indicativos do MRE (Ministério das Relações Exteriores) demonstram que mais de 20 mil cidadãos já têm investimentos em micro e pequenos negócios em outros países. Segundo Lilian Ferro, CEO da Simonato Cidadania – consultoria para o reconhecimento de cidadania italiana -, a busca por investimento em imóveis no exterior também vem em uma crescente, o que traz à tona uma série de dúvidas a respeito do tema.

Ela explica que, devido a acordos internacionais, os mercados americano e europeu têm investimentos diferentes para cidadãos de determinados países. Por conta disso, dependendo da nacionalidade, o investidor poderá se beneficiar desses acordos e taxas diferentes em cada país.

“Para alguns países, as taxas de juros sobre o empréstimo podem ser menores. O valor financiado também pode ser maior”, afirma. “Nos Estados Unidos, um cidadão europeu conseguirá financiar um imovel mais caro, com taxas de juros menores, podendo facilitar no futuro um visto de investidor com permanência”, complementa.

Já na Europa, prossegue Ferro, um cidadão europeu conseguirá financiar um imovel sem a necessidade de inúmeras comprovações ou anos de comprovação de renda. “Além disso, não é necessário visto e, muitas vezes, também não é preciso aporte de entrada. Assim, o investidor consegue financiar 100% do imovel com taxas de juros menores”.

De acordo com a empresária, também é necessário considerar que existem algumas diferenças nestes investimentos quando são praticados por brasileiros natos ou por brasileiros com cidadania europeia. 

“O mercado americano, por exemplo, tem bons  acordos de aporte financeiro para cidadãos brasileiros que queiram financiar um imóvel nos Estados Unidos. Por lá, as taxas de juros são boas, mas é importante frisar que o investimento não garante visto que permita a moradia”, explica Ferro. “Já como cidadão europeu, por outro lado, o ajuste dos juros é mais atrativo, e a possibilidade de um visto permanente se torna mais viável”, acrescenta.

Para concluir, a CEO da Simonato Cidadania ressalta que há uma série de diferenças entre os investimentos realizados nos Estados Unidos e na Europa: “Quando falamos de um cidadão europeu investindo em imovel na Europa, as finalidades são diversas. Já nos Estados Unidos, vai depender dos acordos internacionais e das vias disponíveis para investimento”.

Para mais informações, basta acessar: https://www.simonatocidadania.com.br/